Que não seja por falta de incentivo!!!

  Arte Atividade da Esperança

 Por  Raimundo Carneiro Corrêa

                                                 

   “E o povo, possuído pela sua beleza esqueci-

                                                    da, se transformará em guerreiro e se dedica-

                                                      rá à única tarefa que vale a pena, que é a de

                                                      transformar os sonhos em realidade.”

Rubens Alves

                                                                       Conversas sobre Política

Viver! Viver! Amar! Amar! Viver de amar. A Cidade precisa do nosso viver de amar. Pelo que escrevo. Escrever é amar.

Expressar-me poeta em ciranda compromisso com companheiros (as) dramaturgos, músicos, pintores, prosadores, recriando-nos no fazer arte, com os talentos do amor.

Porque o amor não se guarda. Não há cofre ou baú para o amor. Não se contenta, não obedece a nenhuma limitação. Pula cercas, foge, não se subordina a nenhum poder. Porque a arte amor é energia, inquietação, vadiação que engana os capatazes das ordens e é por isto que inventamos.

Nós, escritores, temos que escrever e passar para outras pessoas os nossos textos, que sejam poesia, conto, crônica, drama, carta, notícia, mas com a marca do amor que não se conforma com o silêncio, que provoca curiosidades, faz ver, ouvir e, também, falar.

Às vezes. O artista sente-se encurralado por situações que o silenciam. Mas você... Creia-se! Você tem a centelha amor em seu coração. Reaja! Escreva, dirijo-me aos escritores. Nunca diga que está sem inspiração. A inspiração está em seu olhar, no como você vê a vida, como ela está, onde está a dor, como está a palavra... Que silêncios há a amordaçar o diálogo da liberdade, da criança, da mulher, do negro, do idoso, do doente?... Faça do seu poema uma resposta libertadora, da voz de quem precisa para assumir causas, da nossa história, da nossa cultura, da igualdade, da democracia.

Escreva e grave, nossa beleza! Mande-a a alguém, como carta, e-mail. Faça um livrinho, faça um livro grande! Faça-se lido (a)!

Feliz o José Bacelar, nosso conterrâneo, que escreve e declama seus poemas em eventos, exemplo que se parece com o de Patativa do Assaré, cantador cearense, José Bacelar escreveu seus poemas em livro e se faz lido e aplaudido. Nunca caro (a) escritor (a), pense-se incapaz!

Leia! Leia! Visite nossas bibliotecas, visite quem possui livros, peça um livro emprestado... Mas leia-o, comente-o com um colega. Ali, você encontra o caminho a retomar. Disponha-se! Não tenha medo dos que não querem ler o que você escreveu. Não tenha medo dos que lêem e não dizem nada, nem medo dos que criticam. A crítica ajuda a gente a crescer.

Vamos escrever?

O povo preciso de nós. Para sonhar com nossos sonhos feitos poesia, discursos, teatro, conto... Beleza é janela aberta para o mundo cidade que cabe a nós construir.

Humanizar a cidade! É o que fazemos quando escrevemos e não nos envergonhamos por fazer nossa escrita uma Declaração de Amor, arte atividade da esperança.