quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Série: A Obra do Autor e o Autor da Obra II


PEDRA CIDADE, Pedreiras de Kleber Lago


Por Raimundo Carneiro Corrêa


Obelisco vida amor desvela-se nudez encanto. Pedra, que um beijo abraço rio faz cidade, em pé! Pe-dreiras, peitos pujanças a manar leite... E, o mel generosidade de ventre vale aos lábios dos desejos fomes a saciar gostos para o nunca esquecimento ser, porém leitura das MENÇÕES, CANTOS E LOUVORES, de Kleber Lago, livro síntese de uma obra toda, toda poesia eterna, por que construída sobre a rocha. Épico do amar, navegar, vigiar, entregar-se ao rio eros a canoar, fechar d’olhos... não! Não olhar! Que o encanto é intenso, até o passar por adormecido marco letra Pedra Grande a emergir-se do Mearim. Mearim dos banhos brincadeiras dos meninos pedreirenses, dos filhos dos Lago, e o Kleber, o que se formou poeta com seu povo em roda de bar, nados coletivos no rio, dialogação ternura com a rua e em romaria de fé com São Benedito. Com o fogo que levas eu me acendi e contigo quero estar na procissão com teu povo, companheiro! Mais do que mesmo ouvir-te a cantar tua terra, por que o teu canto é encantador, quero contigo regressar a Pedreiras no caminhão do Frazão, com mais uma carrada de arroz para alguma das usinas, arroz em casca cor de ouro do suor de tantos rostos nordestinos, usinas que o capitalismo obsoletou e por que fechou, apagou-se o lume cine Pedreiras e quando em alguma enchente o rio economia em transe levou as últimas peças dos lindos “tecidos que não desbotou” da casa “A pernambucana”... oh! Destino história em permanente dialética do nascer, estar, desaparecer... Ainda bem que a poesia não morre, vive em procissão arte voz música dança João do Vale, Praça Corrêa de Araújo... E... Ribamar Carvalho, João de Sá Barreto, João Menezes... Eis a cidade memória do amor que vive, eterniza-se e renasce em geração contemporânea a manter pura vigilância toque poético musical do viver Pedreiras beleza que forma rua geometria dos passos compassos sorrisos e abraços... Geração do amor liberdade festa que ainda rola com os novos ritmos mas em rolo rosas lábios versos prosas violão tambor! Vida!!! Olarias édens praias areias gosto memória do “Peba na Pimenta”, serviços de beneditas mãos médicas de Dr. Josélio e Pedro Barroso a pegarem filhos em natais madrugadas, manhãs, tardes do amor que nasce. É menina! E menino! Oh! Gêmeos! Parecidos! Viva Pedreiras! Pedra viva gente, de sua gente! Viva!!!



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