Ler Pedreiras em
escanção verso a dar sons, concertos, é o vi-ver noite de festas, toques de
cordas violão, como o ritmo mineração por pedras, a dizer-se singular,
Pedreiras. Não as... A!... “Pedreiras,” lição de concordância poético-nominal,
do Mestre Geraldo Melo em partilha ensino de um amor só seu, mas em comunhão
com o discípulo autor homenageado.
Darlan Fernandes e Raimundo Correa |
Livro imaginado em
sala de aula, completo, porque tecido em um contexto que se expressa história e
geografia, brusca de raízes, tais as dos índios Tupinambás, os Pedras-verdes,
em fugas com as presenças dos colonizadores brancos, que aprontam... Com a
selvageria da escravidão, o obscurantismo político, este tão persistente, a
produzir histórias macabras como a do Tenente Vitorino, construtor do Mercado
Central, à força de prisões e açoites.
Mas “a Pedreiras”
do amor de seu povo resiste e forma filhas e filhos cidadãos com a consciência
de se darem às ciências, à política, às artes, à economia... Gente que se diz
em alta voz o seu “presente!”. E assim, nossa região de médio-alto Mearim dos
sertões maranhenses está a se pôr em registros de sua história, com o dizer-se
de outro Galeno Brandes, da Barra do Corda; Paulo Eduardo Pereira, de Colinas;
Darlan Fernandes, o mais novo, o de Pedreiras, com este seu completo,
pedagógico, poético, muito bom, livro de um educador.
Por querer ensinar
e aprender. Daí o ofício da mineração por pedreira palavra arte linguagem do
povo, científico e popular, como o é o rio Mearim, mais daí porque Pedreira,
a Cidade, subiu ao pódio trono de “princesa”, “princesa do Mearim” pelas mãos,
pelo amor de seu povo a dar-lhe o brasão de sua própria nobreza. É isto o que
eu li, Darlan, em seu livro.
Que o “Pedreiras: Fundamentos de sua história” possa-se dar aberto a todas as mãos, para assim, chegar dom às futuras gerações.
Esperantinópolis, 10 de dezembro de 2012
Raimundo Carneiro
Corrêa
Além da grande festa que foi, esta crônica ficou linda, algo de quem tem a leveza na pena na medida certa, como de fato tem, tanto na prosa, como também na poesia.
ResponderExcluirSamuel Barrêto
Raimundo Carneiro Corrêa, precisa ser mais conhecido e lido em nossa região, principalmente pelos leitores mais jovens que ainda não o conheceram quando no lançamento de seus livros no passado... Porém em breve o poeta estará de volta com suas publicações regulares...
ResponderExcluirObrigada pelo comentário Samuel!