Foto: Cidades e Notícias Darlan Pereira em seu discurso no lançamento de seu livro: PEDREIRAS, fundamentos de sua história. Não poderia ser diferente... |
Ana Néres Pessoa Lima Góis
“O Clima de literatura pairava no ar, mas não
aquela literatura de pódios acadêmicos, pra ser lida e digerida, uma literatura
de vida, escrita nas páginas de amizades presentes.”
Ao cair da
noite do dia 07 de dezembro, os preparativos andavam a passos poéticos e
literários, tudo quase pronto para o desfecho de mais de uma década de trabalho,
o voluntariado da classe de artistas pedreirense foi a argamassa de construção
do evento. Aos poucos chegam os convidados, e se “abancam” entre conhecidos e
conversas, se doando a especulações de temas diversos no tom das festividades
da noite. O lugar estava simples, calmo e aconchegante, não diferente da
personalidade do homenageado que recebia os convidados... seus convidados, que
se sentiam mais honrados que o anfitrião(não que este não estivesse).
Uma música
suave e nostálgica habitava o ambiente, com certeza, assim como Darlan, naquela
noite ao som de Neto do Cavaco, muitos de nós recorremos a recordações históricas
de nossas vidas... E as pessoas foram chegando e o ambiente foi crescendo...
Nos burburinhos de rodas de conversas reviveu-se Pedreiras, até os que ainda
mal a viveram.
A programação
se deu de maneira diferente, como fez questão de enfatizar o próprio escritor
Darlan Pereira, e também acho que não se precisa de protocolo para fazer as
coisas da maneira que gostamos... Foi sucinto e preciso o mestre de cerimônias
Joaquim Filho. Palmas e voz aos verdadeiros colaboradores, os que colocaram a
mão na massa desde há dez anos e mais alguns engajados na arte de transformar a
vida em arte, e as boas vindas podiam ser sentidas rondando as mesas como uma
leve brisa.
A noite se fez
também de palavras, e não poderia ser diferente num evento em que se comemora a
concretização desta. Darlan reviveu momentos de concepção e aperfeiçoamento de
sua obra, e nos trouxe apontamentos que enlevam a expressividade de sua
pesquisa e catalogação.
Entre as palavras
dos convidados destaco: foi amiga e sem estrelismo a palavra do Vate Samuel Barrêto,
o primeiro a falar a pedido do escritor, afinal como ele mesmo disse em tom de
confesso: “quem tem que brilhar na noite é a estrela dela”; foi antológico o
discurso do Poeta Wescley Brito, demonstrando como sempre sua capacidade de usar e
porque não dizer “abusar” da palavra, nos melhores dos sentidos, prestigiando o escritor obra à altura; característica foi a fala de nosso amado mestre Geraldo Melo, mostrando que a roda viva da
vida sempre se alia a verdades e procedimentos, que sempre são úteis em
quaisquer que sejam os históricos tempos; o poeta e escritor Raimundo
Carneiro foi portador das palavras de outros vates das redondezas agraciando
assim Darlan com os votos de seus iguais, pois seu trabalho há muito atravessou
fronteiras de sua cidade e de seu estado.
Enfim, foram muitos momentos vividos por muitos dos presentes ao lado do
escritor, além dos que foram rememorados. E todos saíram de lá com a sensação
de termos entrado para a História de Pedreiras, tamanha a envergadura social e
história que essa obra representa para o resgate e preservação da memória da
cidade.
Muitos livros foram adquiridos por leitores que povoarão suas vidas com
recordações, imagens e fatos, os quais agora poderão recorrer sempre que
desejarem e ainda sob os grifos de uma dedicatória calorosa do autor.
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