sábado, 8 de dezembro de 2012

PEDREIRAS. Um livro e uma noite HISTÓRICOS




Foto: Cidades e Notícias
Darlan Pereira em seu discurso no lançamento de seu livro:
PEDREIRAS, fundamentos de sua história.


Não poderia ser diferente...

Ana Néres Pessoa Lima Góis

“O Clima de literatura pairava no ar, mas não aquela literatura de pódios acadêmicos, pra ser lida e digerida, uma literatura de vida, escrita nas páginas de amizades presentes.”

Ao cair da noite do dia 07 de dezembro, os preparativos andavam a passos poéticos e literários, tudo quase pronto para o desfecho de mais de uma década de trabalho, o voluntariado da classe de artistas pedreirense foi a argamassa de construção do evento. Aos poucos chegam os convidados, e se “abancam” entre conhecidos e conversas, se doando a especulações de temas diversos no tom das festividades da noite. O lugar estava simples, calmo e aconchegante, não diferente da personalidade do homenageado que recebia os convidados... seus convidados, que se sentiam mais honrados que o anfitrião(não que este não estivesse).

Uma música suave e nostálgica habitava o ambiente, com certeza, assim como Darlan, naquela noite ao som de Neto do Cavaco, muitos de nós recorremos a recordações históricas de nossas vidas... E as pessoas foram chegando e o ambiente foi crescendo... Nos burburinhos de rodas de conversas reviveu-se Pedreiras, até os que ainda mal a viveram.

A programação se deu de maneira diferente, como fez questão de enfatizar o próprio escritor Darlan Pereira, e também acho que não se precisa de protocolo para fazer as coisas da maneira que gostamos... Foi sucinto e preciso o mestre de cerimônias Joaquim Filho. Palmas e voz aos verdadeiros colaboradores, os que colocaram a mão na massa desde há dez anos e mais alguns engajados na arte de transformar a vida em arte, e as boas vindas podiam ser sentidas rondando as mesas como uma leve brisa.

A noite se fez também de palavras, e não poderia ser diferente num evento em que se comemora a concretização desta. Darlan reviveu momentos de concepção e aperfeiçoamento de sua obra, e nos trouxe apontamentos que enlevam a expressividade de sua pesquisa e catalogação.

Entre as palavras dos convidados destaco: foi amiga e sem estrelismo a palavra do Vate Samuel Barrêto, o primeiro a falar a pedido do escritor, afinal como ele mesmo disse em tom de confesso: “quem tem que brilhar na noite é a estrela dela”; foi antológico o discurso do Poeta Wescley Brito, demonstrando como sempre sua capacidade de usar e porque não dizer “abusar” da palavra, nos melhores dos sentidos, prestigiando o escritor  obra à altura; característica foi a fala de nosso amado mestre Geraldo Melo, mostrando que a roda viva da vida sempre se alia a verdades e procedimentos, que sempre são úteis em quaisquer que sejam os históricos tempos; o poeta e escritor Raimundo Carneiro foi portador das palavras de outros vates das redondezas agraciando assim Darlan com os votos de seus iguais, pois seu trabalho há muito atravessou fronteiras de sua cidade e de seu estado.

Enfim, foram muitos momentos vividos por muitos dos presentes ao lado do escritor, além dos que foram rememorados. E todos saíram de lá com a sensação de termos entrado para a História de Pedreiras, tamanha a envergadura social e história que essa obra representa para o resgate e preservação da memória da cidade.

Muitos livros foram adquiridos por leitores que povoarão suas vidas com recordações, imagens e fatos, os quais agora poderão recorrer sempre que desejarem e ainda sob os grifos de uma dedicatória calorosa do autor.

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